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28.2.08

Design e gastronomia

Ano passado a Carolina e a Juliana, da Malagueta Comunicação, me convidaram para participar de uma mesa redonda com um tema muito diferente: Design e gastronomia. Fui muito pela curiosidade de saber como esses dois assuntos poderiam se unir num debate entre sociólogos, enólogos, chefs, gourmets e até um blogueiro. Mas no final foi um dos eventos gastronômicos mais interessantes que participei em 2007.
Com a moderação do professor Enrique Rentería, discutimos os papéis e caminhos de pratos, receitas e embalagens de comida e bebida do nosso dia-a-dia com cada participante contando sua experiência no assunto seja como profissional ou apenas como curioso.
O Enrique, além de uma grande figura, é uma verdadeira enciclopédia de técnicas, histórias e sabores da gastronomia mundial.
A mesa foi o encerramento de um curso com o mesmo nome que volta a ser oferecido esse ano na PUC-Rio.
Segundo o professor, o curso, que dura três meses, é destinado a designers, sociólogos, antropólogos, jornalistas ,fabricante de alimentos e interessados em compreender o fenômeno da alimentação contemporânea.
"Tendo como ponto de partida que o consumidor desenvolve uma relação de afeto e necessidade com a comida, o design reconcilia-o com o alimento industrializado. Em nossa abordagem, Food Design compreende todas as etapas de produção, que a partir da especificação inicial de sabor e textura, leva o designer, através de uma receita regular, a disponibilizar o alimento numa embalagem em condições de armazenar e exibir".
Como buscar pontos de vista diferentes sobre a comida é uma das missões do Bistrô, a dica está dada e recomendada.
Design e Tradição na Gastronomia
Início: 17/03/2008, às segundas e quartas, das 19h às 22h
Inscrições: pelo site http://www.cce.puc-rio.br/ ou 0800 970 9556
Endereço: Rua Marquês de São Vicente, 225 – Gávea
Valor: 4 parcelas de R$ 335,00

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24.2.08

Estômago 2.0

Enquanto chefs estrelados e outros nem tanto investem seu tempo criando, inventando e copiando na tentativa de encontrar a próxima modinha da gastronomia, mortais que gostam de comer e beber bem andam por caminhos muito diferentes.
O título desse post foi inspirado no termo WEB 2.0 criado para diferenciar este novo momento da internet onde a colaboração e a personalização tomaram o lugar da pasteurização reinante até então. Os blogs e redes sociais como o Orkut e o LinkedIn são os exemplos mais próximos da 2.0.
Ao contrário dos seus primórdios, onde a internet se espelhava no mundo real para ser construída, hoje é esse mundo que usa conceitos típicos da web para criar negócios e serviços. Até com comida, vejam só:
Minha pizza primeiro: A Domino's americana criou um serviço onde você pode montar sua pizza personalizada de acordo com os componentes e tipos de massas oferecidos no site ou por telefone. Até aí nada de mais. O bacana é que o cliente pode dar um nome à sua criação e deixá-la disponível no site da pizzaria para qualquer outro cliente mais preguiçoso, mas também em busca de novidades, pedir. Mais bacana ainda é que a empresa cria um ranking das invençoões mais pedidas confirmando o sucesso de algumas combinações inesperadas. Colaboração, personalização e socialização, tudo acabou em pizza.

Chocolate com feedback: Imagine ter o poder de interferir na composição de um chocolate de primeira linha fazendo-o cada vez melhor? Essa é a idéia da TCHO que produz chocolates premium - produz mesmo, não apenas derrete e molda chocolates feitos por outros - em São Francisco.
A TCHO traz a web no seu DNA, foi criada por um dos fundadores da revista Wired, a bíblia de quem gosta de tecnologia e inovação (não é a primeira vez que cito a revista aqui), e além de convidar seus clientes a opinar sobre seus chocolates, é capaz de usar essas opiniões para lançar novas composições e blends a cada 36 horas. Colaboração, personalização e velocidade de atualização numa empresa que produz chocolates. Quem teria imaginado isso antes da internet?

Sai prá lá, Michel Rolland: Dizem que o enólogo francês Michel Rolland é o culpado pela padronização dos vinhos no mundo. Parece que por ele um mesmo bom vinho pode ser produzido em qualquer lugar - terroir para quê? - desde que se possua o conhecimento e a tecnologia necessária (que provavelmente são vendidos por ele). Dizem que por isso os vinhos em geral hoje são mais encorpados, alcoólicos e com mais tanino do que antes. Seu melhor amigo é o Robert Parker.
A empresa Crushpad pensa diametralmente oposto e sua missão é transformar consumidores em criadores de vinhos. Para isso criou um kit com meias-garrafas de Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot, Malbec and Cabernet Franc produzidas em Napa, pipetas, cartões de aromas e fichas de controle para que qualquer entusiasta possa criar seu próprio vinho. Até aí nada de mais. O bacana é que depois de você criar seu próprio vinho, a empresa pode criar uma marca e um rótulo e produzi-lo em pequenas quantidades para que você tenha em casa, ofereça em seu restaurante ou venda pela internet com a Crushpad cuidando de toda a logística de cobrança e entrega. Não é barato, o pedido mínimo é de 25 caixas e custa de $4.500 a $9.900, por isso muitas vezes grupos de pessoas se unem para criar e ter o seu vinho em casa. Algumas marcas criadas por clientes da Crushpad fizeram bonito em degustações profissionais provando que nem só o Rolland é capaz de fazer bons vinhos :) Personalização, colaboração e viabilização de um negócio real, de vinhos, pela internet. É ou não é muito bacana?

Imagine só: criar sua pizza, seu vinho e sua sobremesa, tudo on-line, mas tudo real. Isso também tem um nome muito ligado à web 2.0: Convergência. Nesse caso convergindo para o nosso estômago, nada mal.


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17.2.08

Dois anos do Bistrô

Hoje o Bistrô Carioca completa dois anos de vida.
Reconheço que nesse último ano diminuí um pouco o ritmo de postagens e por isso mesmo tenho um agradecimento especial aos fiéis leitores e leitoras deste humilde espaço que insistem em aparecer por aqui. Se não fosse por vocês....
Apesar de poucos posts, neste último ano tivemos entrevistas muito bacanas com três mulheres que mandam muito bem na cozinha carioca. Obrigado, Cris, Margarida e Roberta por estarem sempre por aqui. Pela primeira vez defumamos um salmão que fez um sucesso danado e começamos um ABC que não quer alfabetizar ninguém.
Esse ano também foi marcado pela extrema exposição do Bistrô na mídia. Primeiro foi convidado pela Veja Rio para ser um dos jurados da sua premiação anual e depois pelo Rio Show para julgar uma bateria do concurso Novos Chefs. Obrigado Fernanda e Luciana por mais essa!
Bem, o Bistrô entra no seu terceiro ano sem prometer nada além de continuar tentando trazer para vocês um ponto de vista diferente sobre o que vemos, provamos, lemos e comemos.
Saúde!

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